Mordida de animais: O que fazer?

Você já foi mordido por um animal?Procurou atendimento médico? Sabe o que fazer em caso de mordida?

A cavidade oral dos cachorros pode abrigar mais de 300 tipos de microrganismos. Desta forma, a mordida pode gerar lesão inflamatória e infecciosa em pele, músculos, nervos e ossos.

É natural que as extremidades do corpo, como mãos, braços e pernas, sejam os locais mais propensos à mordida, reforçando uma ação natural de defesa já que tendemos a utilizá-los para impedir ou neutralizar um possível ataque.

São quatro os tipos de lesões possíveis: arranhões, perfuração, dilaceração e esmagamento. Em cortes mais profundos, há o risco de afetar nervos e tendões e em casos mais severos, pode-se atingir a parte óssea, com a inoculação da bactéria (osteomielite).

No entanto, procedimentos primários, em caso de mordida, podem ser adotados para diminuir os riscos de infecções:

Lavar o corte com água corrente e sabão ou soro fisiológico;

Estancar o sangramento com curativo compressivo;

Buscar atendimento médico independente do grau e seriedade da lesão.

Após avaliação médica, o tratamento é feito com antibióticos de largo espectro, além de anti-inflamatórios e analgésicos, de acordo com a necessidade.

É bom levar em conta que, mesmo lesões leves, como arranhões superficiais e sem hemorragias, podem causar infecções, embora feridas mais profundas tragam naturalmente maiores riscos, já que bactérias presentes na saliva do animal inoculam de forma progressiva e aprofundada nas camadas da pele.

Mais de 90% dos casos de raiva humana ocorrem através da mordida de cães não vacinados. Uma doença viral infecciosa que acomete o ser humano de forma quase sempre fatal, e afeta tanto animais domésticos como silvestres. Desta forma, a vacinação de cães é a forma mais efetiva para a prevenção da raiva em pessoas.